Lugar, tempo, olhar... O lugar da presença no espaço, o lugar da presença no corpo
Ó sino da minha aldeia
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Todos nós sabemos que vamos morrer, então, temos que buscar o poder de viver mais. Tem gente que acha que indo para a igreja pode chegar perto de Deus. Então, a escola levou a gente pra Goiás para a gente entender isso melhor.
(Luana, 3ºano"A")
Às vezes, temos medo porque a única certeza que temos na vida é que vamos morrer. Mas esse medo, essa sensação ruim, tem cura e uma das formas de nos aliviar é vivendo intensamente através da arte!
(Ana Beatriz, 3º ano"A")
(Sophia Santana, 3º ano”B”)
O motivo da viagem foi descobrir mais sobre as igrejas antigas e o que acontecia na nossa história.
Toda vez que eu vejo uma igreja me pergunto: Quem a construiu?
(Pedro Assunção, 3ºano"A")
Uma das necessidades humanas é crer, ter fé!
(Helen Fabian, 3ºano"A")
Fomos ao museu de Arte Sacra e vimos várias imagens de santos.
(João Rafael, 3º ano “A”)
Tenho esperança de morrer e reviver com a arte.
(Rafael, 3º ano"A")
(Evie, 3ºano"A")
(Pedro, 3º ano"A")
(João Pedro Santos, 3º ano “A”)
Na Catedral de Sant’Ana nós desenhamos com lápis a carvão.Visitamos uma capela muito bonita, o teto da capela era todo pintado, parecendo o céu. Lá dentro tinha um museu com roupas de bispos.
O homem faz arte para não morrer.
(João Pedro S, 3ºano "A")
Paramos no Coreto e chupamos picolé de frutas para refrescar.
A Catedral de Sant´Ana tem uma lenda: Havia um padre que fez algo que não alegrou muito o povo da cidade. Então, ele foi expulso da cidade de Goiás. O padre, revoltado, disse que a cada vez que reformassem a igreja ela desabaria. Não sabemos se foi coincidência, mas infelizmente isso aconteceu. Então, para evitar esse terrível problema, na última reforma, não pintaram a igreja toda e ela nunca mais desabou!
(Ana Beatriz, 3º ano “A”)
Na hora do almoço fomos a um restaurante que serviu comidas típicas: arroz com pequi, empadão goiano, quiabo e a sobremesa foi ambrosia.
(Isis, 3º ano”A”)
Visitamos a igreja de Santa Bárbara, subimos uma grande escadaria e avistamos toda a cidade de Goiás.
O homem constrói igrejas pensando que ele está vivendo uma vida melhor.
(Vitor Alvarenga, 3º ano "B")
A fé em Deus me alivia porque quando eu morrer eu sei que posso ter uma segunda chance.
(Marcos, 3ºano "A")
(Charbel, 3º ano”A”)
No centro da cidade de Goiás conhecemos o artesanato.
(Millena, 3º ano “A”)
Quando eu entrei na igreja em Goiás senti conforto, porque o teto tinha a pintura do céu.
(João Rafeal, 3ºano "A")
(Vitor Alvarenga, 3º ano “B”)
A arte das igrejas foi feita para que o ser humano se sinta perto do Deus todo poderoso
que dá poder para a pessoa enfrentar o medo. Dá coragem para enfrentar a morte dos familiares e amigos.
(Laís, 3º ano "B")
Quando penso que vou morrer, sinto medo porque vou sentir saudade das brincadeiras,
do banho no rio e eu nunca mais vou falar com ninguém. Eu ficaria feliz de voltar à vida...
(Gabriel, 3ºano "B")
O que minimiza a angústia de morrer é você pensar que depois de "bater as botas" vai nascer em outro corpo.
Mas tem gente que prefere pensar que quando "estica as canelas" o mundo acaba.
Uma forma que o homem encontrou de minimizar a dor de morrer é rezando e indo à igreja.
Por isso, quando foram construir as igrejas, as fizeram grandes, como a casa de Deus.
Também com arte você vive mais, porque vive a vida do personagem, sente o que ele sente e aproveita a vida.
(Maria Luiza, 3º ano"B")
As igrejas foram feitas para que o homem se sentisse no céu por causa dos vitrais, das abóbodas e dos desenhos.
(Pedro, 3º ano"B")
Eu tenho fé porque estou vivo!
(Charbel, 3ºano "A")
Cada pessoa tem uma religião, tipo: católica, evangélica, judeu, espírita, mas nenhuma é melhor que a outra.
(Pedro, 3ºano "A")
(João Pedro Calassa, 3ºano "A")
“O que é a imagem? Ela remete a quê? O artista faz surgir a partir de seu corpo e de seu espírito, torna visíveis signos que atravessam a densidade dos sentidos depositados pela cultura e pela história. É uma combinação sutil ou radicalmente nova que atinge de maneira diferente a consciência de cada um que olha. Diante da obra, qual é a responsabilidade de quem olha? Compreendê-la? Pela carne, pelo espírito, pelo intelecto? Fazê-la sua? Individualmente? Coletivamente?
Diante dessas indagações decidimos olhar juntos, a partir de nossas diferentes sensibilidades, pontos de vista e culturas. Olhar, olhar, verdadeiramente, com paciência e atenção, com a consciência de tudo aquilo que afasta o olhar de hoje do olhar da Idade Média; e com a esperança também de preencher um pouco esse fosso, pelo estudo e contemplação; na busca, enfim, de ver emergir um olhar interior, que “prolonga o olhar dirigido ao mundo.”
A arte é uma coisa que deixa viver mais, a arte não deixa morrer. Ela abre e fecha o coração.
A arte encosta lá no céu...
A ARTE É UMA COISA SAGRADA.
A arte conhece a magia...
(Daniel Colicchio, 3º ano "B")
Para caminhar sobre
a delicada ponte que leva
aos olhos do outro,
todo silêncio é pouco.
Para ouvir a música
que se desprende
de todas as coisas belas,
todo silêncio é pouco.
Para sentir na pele
o veludo de um jardim,
quando a noite
envolve o mundo em sua
rede de estrelas,
todo silêncio é ouro...
Para entender,
palavra por palavra,
a voz que vem do coração,
todo o silêncio.
Roseana Murray
Projeto da Arte de Ouvir Ver e Sentir – 2013, 3º ano “A” e “B”)